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terça-feira, 11 de janeiro de 2011

As boas vindas da Colaboradora!

























Salve simpatia!

Com uma visita depois do agitado natal e às vésperas do início de 2011, eis que o autor do Blog Fabiano Souza visita minha humilde residência, com um objetivo: Parir virtualmente o que nasceu de um papo animado em um sítio no feriado do natal, passeio este que fiz a quase sempre ausência depois de um convite dos meus parceiros: Fabiano e Bruno Rafael.Bruno essa altura deve estar querendo destroçar meu fígado em mil pedaços, porque toda vez que digo que vou aparecer eis que sumo (rsrs), já estou desacreditada da moçada por meus inúmeros "bolos". Mas, foras e furos à parte, voltemos ao assunto, eis que surge a idéia de criar um blog com o objetivo de contar um pouco da história do Rock oitentista,não só do estilo musical, mas como tudo se desenrolou no decorrer desta década. Foi então que Fabiano indo a minha casa almoçar, levou a proposta já iniciada para alguns ajustes e me concedeu a honra de fazer parte desse projeto e ser sua colaboradora nas postagens.
E aqui estou para dar-lhes as boas vindas e oferecer posts divertidos que possam informar e tornar o espaço discutível de forma saudável e livre para opiniões e sugestões, onde você poderá comentar, relembrar momentos, pessoas e ajudar-nos em nossas postagens. Enfim, espero que leiam e curtam bastante.

Um abraço.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Anos 80, eis que surgem os filhos da revolução.






A década de 80 foi a era de ouro do Rock Nacional, com o aparecimento de dezenas de bandas que dominaram a cena musical no Brasil. Bandas com perfil rebelde sacudiram o país de norte a sul, rompendo de vez com as amarras do sistema impostas aos filhos da Revolução, palavras raivosas foram ditas numa voracidade crua, sem filosofias ou compromissos, e por isso mesmo traduziam um real sentimento, escancarar a realidade. Um notável mar de verdades certeiras influenciou os jovens que passaram a compor e a cantar em seu próprio idioma o ritmo que mais curtiam o Rock and Roll, trazendo de volta ao topo das paradas nacionais, a língua Portuguesa. 

Chamado de BRock, um apelido dado por Nelson Motta teve influências variadas, indo do New Wave, passando pelo Punk e o próprio conteúdo Pop emergente do final da década de 70. Ainda assim, em alguns casos, tomou por referência ritmos como o Reggae e a Soul Music. Suas letras falam na maioria das vezes sobre amores perdidos ou bem sucedidos, não deixando de abordar é claro algumas temáticas sociais. O grande diferencial das bandas deste período era a capacidade de falar sobre estes assuntos sem deixar a música tomar um peso emocional ou político exagerado. Fora a capacidade que seus integrantes tinham de falar a respeito de quase tudo com um tom de ironia, outra característica marcante do movimento. Outra particularidade típica foi o visual próprio da época; cabelos armados ou bastante curtos para as meninas, gel, roupas coloridas e extravagantes para os meninos e a unissexualidade de tudo isso, herança direta do Glam Rock de Marc Bolan, David Bowie e seus discípulos, como o Kiss e The Cure. 

As bandas nacionais eram ousadas, contestadoras e geograficamente dispersas, em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Brasília apareciam bandas no início dos anos 80, e isso acontecia quase que simultaneamente. Em Brasília surgiu o Aborto Elétrico que se desfez e deu origem a Legião Urbana, Capital Inicial e Plebe Rude. O Rio de Janeiro revelou Os Paralamas do Sucesso, Kid Abelha e Os Abóboras Selvagens, Gang 90 e as Absurdettes, Barão Vermelho, dentre outras. São Paulo também teve uma infinidade de bandas influentes na cena nacional como Ultraje a Rigor, RPM, Titãs e Ira!. No Rio Grande do Sul surgiram os Engenheiros do Hawaii e Nenhum de Nós, TNT, Taranatiriça, Cascavelletes, Os Replicantes, Garotos da Rua, De Falla. O Nordeste também contribuiu com a banda baiana Camisa de Vênus liderada por Marcelo Nova e com forte influencia de Raul Seixas. 

Varias outras bandas de expressão surgiram nessa época como Sempre Livre, Biquíni Cavadão, Hanói Hanói, Hojerizah, Harmony Cats, Lobão e os Ronaldos, Metrô, Magazine, Grafitti, Tókio, Heróis da Resistência, Ed Motta & Conexção Japeri, além de cantores (as) como Marina Lima, Léo Jaime, Ritchie, Kid Vinil, Fausto Fawcett, entre outros. 

O BRock tem retornado ao cenário musical atual através de algumas bandas que voltaram a ativa e diversas coletâneas, regravações e versões feitas em formato acústico, apesar de toda concorrência desleal do mercado teen, as bandas Oitentistas tem seu lugar garantido e fazem cada vez mais adeptos, de todas as faixas etárias por todo o país. Cabe a nós a missão de transmitir as novas gerações todo esse acervo musical que marcou a vida de muitos jovens com o estimulo cultural e social, alertando e divertindo com irreverência e inteligência. 

Salve o Rock Nacional.


Nascimento e Amadurecimento: Três décadas de Rock (1950 -1979)



A história do Rock brasileiro começa nos anos 50 com gravações de trilhas sonoras para a versão brasileira de filmes. Em 1957, foi gravado o primeiro rock original em português, "Rock and Roll em Copacabana”, escrito por Miguel Gustavo (futuro autor de "Para frente Brasil") e gravada por Cauby Peixoto. Entre 1957 e 1958, diversos artistas gravaram versões de músicas americanas, mas embora em 1957 o grupo Betinho & Seu Conjunto, de "Enrolando o Rock" tenha alcançado grande destaque, os primeiros ídolos do rock nacional foram os irmãos Tony e Celly Campelo que venderam 38 mil cópias. Tony gravaria mais dois singles até seu álbum em 1959, e Celly estourou em 1959 com "Estúpido Cupido" (120 mil cópias vendidas). 

Nos anos 60 surge a jovem guarda revelando grandes nomes da música brasileira como Roberto e Erasmo Carlos, Wanderléia, Renato e seus Blue Caps, Golden Boys, Jerry Adriani, Eduardo Araújo e Ronnie Von, que tinham seu som inspirado nos Beatles (o gênero apelidado "iê-iê-iê") e no rock primitivo. Esse ritmo difundiu-se e tornou-se nacionalmente popular através de versões para o português de sucessos estrangeiros muito apreciados pelos jovens da época. 

Então, surgiria a Tropicália. Em 1966, Os Mutantes: Rita Lee, Arnaldo Baptista e Sérgio Dias, com seu deboche e som inovador. Em 1967, a dupla Caetano Veloso e Gilberto Gil. O rock torna-se um poderoso elemento na cultura de massa sacudindo comportamentos sociais que fazia uma antropofagia cultural, absorvendo elementos externos e combinando com a nossa cultura, universalizando assim o conceito de arte. Foi um expoente de resistência à forte repressão dos direitos civis da época, abalados pela Ditadura Militar, sobrevivendo sufocado por uma ira contida. 

Na década de 70 muitos artistas foram exilados do país. E foi com a liberdade de expressão sufocada que surge o ícone: Raul Seixas, que vendera 600.000 compactos de "Ouro de Tolo" em poucos dias e se tornaria "bardo dos hippies" com músicas debochadas como "Mosca na Sopa" e “Maluco Beleza", esotéricas como "Eu Nasci Há Dez Mil Anos Atrás" e "Gita", e as motivacionais “Metamorfose Ambulante" (que compunha aos 14 anos) e "Tente Outra Vez". Raulzito, como é chamado pelos fãs ainda hoje é uma lenda do rock nacional, cultuado por diversas gerações. 

Movimentos surgiram em outros locais do Brasil: em Minas Gerais, o "Beatlesco" Clube da Esquina, liderado por Milton Nascimento e Lô Borges; e no Nordeste, a "nova onda" dos Novos Baianos, além da chamada "Invasão Nordestina": artistas que misturaram o sertanejo ao rock, como Fagner, Zé Ramalho e Belchior.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Boas Vindas do Autor!!!





Um grupo de velhos amigos que dividem uma paixão em comum, resolveu encontrar meios de compartilhar suas experiências e mostrar aos mais novos como uma geração inteira formou sua cultura, intelecto e formas de expressão por meio da influência de músicas, por muitos consideradas subversivas e anarquistas que compõem o Rock Brasileiro.
Então eis que surge o V.O.R.B.(Vanguarda Oitentista do Rock Brasileiro), com o intuito de mostrar as novas gerações e relembrar as antigas, álbuns, vídeos, matérias, curiosidades, dentre outras coisas, sobre as bandas que mudaram toda uma época e moldaram a cara de um país. 
A essência do Rock Nacional há muito vem sendo esquecida, queremos mostrar aos caros leitores, longos anos de talento, atitude e criatividade de bandas que até os dias de hoje continuam sendo referência, e músicas que apesar de serem compostas em outros tempos continuam com o sentido totalmente atual. Citando as palavras de Bruno Gouveia, vocalista  do Biquini Cavadão, música se faz com a alma, música se faz com o coração, música não se faz com a b...de qualquer jeito.

Salve o Rock Nacional!!!

Os colaboradores desse projeto: 

Bruno Rafael, Bruno Camã, Fabiano Souza, Frank Tenasol e Priscilla Torres.